
Essa semana, discuti com algumas salas sobre o termo "Juízo estético". Achei essa definição:
Quando se valora (valoriza) um objeto em termos de beleza, formula-se um juízo estético. Julga-se de acordo com o que se sente, sejam sentimentos de júbilo e prazer ou de desagrado e repúdio. Contudo, o significado de juízo estético tem flutuado ao longo dos tempos, relacionando-se intimamente com o conceito de belo. Os momentos mais marcantes da concepção do belo são: a Antiguidade Clássica, a Modernidade, e Idade Contemporânea.
Na antiguidade clássica, nomeadamente com o pensamento socrático-platônico, o belo era algo em si, visto como meta a alcançar, pre-definido, à priori, objetivo. O Belo era o Bem(esvaziado de moralidade), era o Kalos Kagathos (καλὸς κἀγαθός), a ideia da qual derivavam outras ideias no Mundo Inteligível e das quais os objectos do Mundo Sensível participavam. Quanto mais se aproximasse do ideal estabelecido, mais belo e real seria. Assim, as ideias eram mais reais do que os próprios objectos e, ao contrário dos objetos, as ideias eram eternas, imutáveis e sempre iguais a si mesmas.
Na Modernidade, com Kant, o belo deixa de existir como algo em si como na Antiguidade Clássica, passando a existir para o sujeito. O belo depende, então, do modo subjetivo como o indivíduo percebe os objetos contemplados, pelos sentidos, sentimento e entendimento, sendo, por isso, relativo a cada um. Por isso, Kant defende que qualquer Ser Humano é capaz de formular juízos estéticos e de avaliar objetos como belos.
Na Idade Contemporânea, o juízo estético deixa de obedecer a qualquer dogma e passa a ser absolutamente relativo, deixa de respeitar qualquer critério objetivo e universal, passando a ser inteiramente pessoal variando consoante as capacidades de cada um, incluindo a própria noção de juízo estético.
Nenhum comentário:
Postar um comentário